segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O QUE É A FIBROMIALGIA?

Tenho tido contacto com muitas senhoras com problemas de FIBROMIALGIA.
O que pretendo com este artigo é dar uma ideia sumária sobre o que é esta doença que chega a ser incapacitante.

Conforme descreve a wikipédia no seu artigo introdutório sobre esta doença, a fibromialgia é classificada como sendo um dos tipos de Reumatismos Extra-articulares, dos quais fazem parte as tendinites (tendinoses), as mialgias (dores musculares em geral), síndromes do túnel do carpo e tarso, entre outras.
Pela denominação da sua classificação, a fibromialgia não "ataca" as articulações, como ocorre com os outros tipos de reumatismos, mas apenas as chamadas "partes moles".
Há cada vez mais evidências que esta síndrome seja causada por lesões musculares que permanecem no corpo de alguns indivíduos, provoca dores generalizadas nos músculos, ligamentos, tendões e fáscias (tipo de tecido fibroso que envolve todas as estruturas do corpo, inclusive as citadas anteriomente).
As dores da fibromialgia podem variar de níveis de intensidade dependendo do paciente, de quais são os pontos do corpo afetados, de qual o estágio da síndrome ele se encontra naquele momento, se ele está ou não em crise, pelas condições do clima, do equilíbrio hormonal (nas mulheres), do estado psico-emocional, entre outros fatores.
As dores podem variar desde uma simples sensação dolorosa até níveis insuportáveis ao toque da(s) área(s), ao movimento ou também com o corpo inerte (parado). Podem-se manifestar por períodos de horas, dias, meses ou permanentemente, em áreas diversas ou mais localizadamente.
Portanto, geralmente as dores apresentam-se distribuídas pelo corpo e não necessariamente têm de ter simetria, ou seja, elas podem variar de intensidade de um lado em relação ao outro. As dores podem ou não serem acompanhadas de manifestações associadas. Destas últimas, as mais frequentes são: alterações quantitativas e qualitativas do sono ou distúrbios do sono, fadiga, cefaleias, alterações cognitivas (p. ex: problemas de memória e concentração), irritabilidade emocional e, em cerca de 75% dos casos, depressão, entre outras.
A Fibromialgia não possui um método de diagnóstico directo, portanto há a necessidade de se diagnosticar tal síndrome por exclusão. Ou seja, o médico necessitará fazer vários exames de imagem e de laboratório para excluir a possibilidade de os sintomas serem provocados por algum outro acometimento e se acaso o resultado for negativo para estes, o profissional tocará os pontos pré-determinados para o diagnóstico de fibromialgia e constatará ser de facto a síndrome.
A Fibromialgia, de forma direta, não oferece risco de morte. Porém, de forma indireta, ela poderá trazer sérias consequências ao portador. Como a maioria necessita de administração de medicamentos muito fortes para a dor por longos períodos (anos, décadas - tais como: anti-inflamatórios, analgésicos e até morfina ou os seus derivados (em casos mais graves)- o fibromiálgico poderá ficar vulnerável a ter algum problema sério de saúde e vir a não perceber, ou perceber muito tarde.
Se acaso o paciente com fibromialgia tiver por exemplo: pneumonia, apendicite, infecção urinária, úlcera, etc., estes problemas podem ser percebidos quando já estiverem em estado avançado, pois as medicações tiram as dores iniciais destes acometimentos e elas também não permitem que a febre se manifeste tão facilmente. Assim, o portador de fibromialgia deve estar muito atento para que não passe a correr riscos por causa da necessidade do uso das medicações para dor por tempo prolongado.
Será melhor para o paciente que ele procure formas mais naturais, de maneira a evitar assim os riscos com a sua saúde.

Causas

A causa e os mecanismos que provocam fibromialgia não estão perfeitamente esclarecidos dentro da medicina, porém existem vários mecanismos prováveis:
Lesões músculo-esqueléticas que vão se acumulando com o decorrer do tempo. Os traumatismos provocados por quedas, esforço exagerado, acidentes, etc., em alguns indivíduos, podem permanecer latentes até por décadas e com o acúmulo deles no corpo, se poderá chegar a um momento em que eles se generalizem por quase todas as áreas. Tanto isso é verdade, que algumas técnicas terapêuticas naturais já conseguem reverter todo o quadro de fibromialgia apenas tratando individualmente cada área acometida. No final, se tem um indivíduo retornando à vida normal e fazendo atividades semelhantes a alguém que nunca teve fibromialgia.
A diminuição de serotonina e o aumento de neurotransmissores, como da substância P, provocam maior sensibilidade à dor e podem estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos superficiais encontrados nos casos de fibromialgia.
Porém, diversos trabalhos científicos comprovam que outros acometimentos que causam dor crónica intensa também provocam os mesmos problemas, donde vem a suspeita de não ser este o motivo das dores desta síndrome e sim, apenas uma reação normal do organismo quando está sob uma situação dolorosa intensa.
Não há nenhuma evidência científica concreta que se possa afirmar que a fibromialgia seja causada por problemas emocionais. A ciência já provou, apesar de muitos desconhecerem este facto, inclusive alguns profissionais, que as dores da fibromiagia são geradas realmente nas áreas que o fibromiágico diz existir e não por sugestão ou influência psicológica.
Na verdade, o que está comprovado é que apenas as crises desta síndrome podem ser provocadas pelas tensões emocionais. Ou seja, os pontos dolorosos permanecem latentes (escondidos) e quando a tensão emocional gera tensão física, esta última é o motivo de desencadear uma crise de fibromialgia. Mas desencadear a crise, não significa ser a causa da síndrome, apenas um agente desencadeador de crises.
Não há nenhuma evidência concreta de que esta síndrome possa ser transmitida a outros indivíduos(já há muito que se sabe que ela não é transmissível) e nem se verifica maior prevalência em familiares - por hereditariedade.

Tratamento

O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas de assistência fisioterapêutica.
Por ser uma doença idiopática (de causa desconhecida), a ênfase deve ser dada à redução dos sintomas de dor e na melhora da saúde de maneira geral.
A prática de atividade física moderada é considerada essencial no tratamento convencional da fibromialgia. Muitos pacientes conseguem manter a qualidade de vida com pouca medicação e prática regular de exercícios moderados. A indicação desses exercícios deve ser personalizada, orientada por um profissional capacitado, pois o excesso pode causar dores e crises que acabam inviabilizando a prática constante.
Exercícios suaves, meditação e massagem são práticas de medicina complementar que, associadas ao tratamento médico, podem auxiliar a aliviar os sintomas de quem é afectado por esta síndrome.
A Fisioterapia e a Reflexologia amenizam as dores, provoca relaxamento.
Os alongamentos e massagens terapeuticas são usadas para "soltar" os pontos de tensão.

Noutro artigo deste blog poderá encontrar alguns conselhos que poderá ter em conta no que respeita a alimentação e que poderão ajudar a controlar as crises e as consequências desta doença, chamadas das doenças da sociedade moderna.