sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O VALOR DAS PLANTAS DO NOSSOS CAMPOS

É muito frequente, nas consultas que dou, no âmbito da Reflexologia, haver pessoas a pedir opinião sobre chás que possam ser utilizados para as mais variadas patologias, e outros a dar opinião sobre o mesmo tema
É minha intensão incluir neste blog, a partir deste artigo, algumas opiniões sobre esta matéria.
Não pretendo fazer um trabalho científico, mas como disse antes, uma partilha com todas as pessoas que lerem estes temas, para que assim possam ganhar alguma coisa.
Ao mesmo tempo pretendo que todos os interessados possam colocar as respectivas opiniões sobre o tema.

Assim, começo pela:


1. ERVA CAVALINHA (ou erva pinheira, ou rabo de burro, ou erva de ancaixe).
É uma planta arbustiva, frequentemente encontrada em solos ligeiros e arenosos, próximos de cursos de água.
Tem o aspecto de pequenos pinheiros e é colhida durante o verão, devendo ser seca à sombra.
É uma planta adstringente, que age principalmente no sistema genito-urinário, tem indicações diuréticas, o que lhe confere propiedades que ajudam a eliminar o ácido úrico do organismo, sendo também anti-inflamatória, a anti-hemorrágica.

Indicada ainda para a arteriosclerose, contém uma quantidade razoável de silicico e de minerais, indicados para o restauro do sistema esquelético e para as cartilagens.
É um importante auxiliar no combate às anemias dado que ao enriquecer o sangue ajuda a formação de glóbulos vermelhos.
Poderá ainda ser usada como tónico nervoso para a fadiga e o cansaço, é um óptimo anti-depressivo, combatendo o stress e a ansiedade.


2. CHIRÓRIA BRAVA (ou almeirão).
Trata-se de uma planta ou arbusto encontrado em grande quantidade nos nossos campos ou mesmo bermas de caminhos.
Com uma flor de tom azul é muito vista nos finais da primavera e início do verão, constituindo quase uma "praga" nos campos baldios.

Contém uma seiva leitosa que tem como componente principal a inulina, que é essencial no desenvolvimento de bactérias que auxiliam o bom funcionamento intestinal, sendo muito boa no tratamento da digestão lenta, de úlceras gástricas e de flatulência.
Pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol e estimula a produção de sucos gástricos, como a bilis.
Tem propriedades anti-inflamatórias e anti-sépticas, é muito boa nos emplastros usados para redução dos inchaços.
É muito boa na redução de líquidos, bem como nos inflamações reumáticas e na gota.


3. ALECRIM
É uma das plantas aromáticas mais conhecida e difundida. Planta sempre verde, seja de inverno ou de verão, com perfume intenso e muito agradável.
Contém uma essencia de derivados terpénicos, com qualidades medicinais muito apreciadas, desde a acção diurética à antiespasmódica.

É um excelente tonificante e estimulante, para casos de convalescência, esgotamento e depressão, sendo usado sob a forma de infusão (chá) ou em fricção.
É muito indicado também para as cólicas renais quando se trate de expulsar cálculos (pedras ou areias).
Pode também ser usado como digestivo, dado que é um estimulante das secreções biliares, é protector e regenerador hepático, sendo de salientar ainda as suas propiedades de eliminador dos gases intestinais. Se for tomado após as refeições facilita muito a digestão.

No que respeita a aplicações externas, é um excelente anti-inflamatório e anti-reumático.
É ideal para friccionar entorces, edemas, dores musculares e reumáticas, sob a forma de tintura ou álcool de alecrim.
Sendo ainda cicatrizante e anti-séptico, estimula a cicatrização de feridas, úlceras da pele e eczemas e ainda as aftas (como gargarejo).

ÁLCOOL DE ALECRIM

Pode ser usado para fricção ou em compressas.
Colocar um punhado de folhas, amassadas ou não, num recipiente de álcool etílico (70%), deixar repousar durante pelo menos 3 dias, podendo depois utilizar, filtrado ou não.


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